segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ROLANDO NOS COMENTS


AUXILIAR DE BIBLIOTECA:


"Na minha escola os professores foram dispensados... A diretora não mandou comunicar às Aux. de Biblioteca que não precisariam ir trabalhar e, num tom de "bondade e caridade" (digna de Madre Tereza) concedeu o favor às auxiliares da dispensa até sexta-feira (dia 07/08)- ocasião em que as auxiliares, em troca desse "favor concedido pelos seres supremos" devm retornar com incumbência de preparar os murais de boas-vindas à alunos e professores (estes sim! merecidamente tiveram suas Férias PROLONGADAS!).

Acho isso um absurdo!!!!

é por uma dessas e outras que devemos buscar nossa real posição dentro das escolas! Para que fique bem claro que não precisamos de FAVORES da direção, mas o que é de DIREITO DE TODOS DA EDUCAÇÃO, isso sim temos DIREITO! (...)"


COLETIVO LIMA BARRETO:


É triste a postura de alguns colegas que entendem as atribuições de direção, vice, vice de Umei, secretaria e coordenação como cargo de confiança da PBH, ou da Smed (se preferirem).

Numa sociedade sufragista que pretende-se democrática, o cargo de confiança só o é em função dos eleitores. De forma que devem prestar atitudes confiáveis aos que @s elegeram: comunidade escolar.

Obviamente entende-se que a organização administrativa tem suas diretrizes básicas orientadas pela Smed. Questão de organização apenas, uma vez que as inovações, a inventividade humana, não devem ser amarradas burocrática ou autocraticamente.

A maioria d@s colegas pensam em hierarquia. Crasso erro.

O correto é compreender-se tais atribuições como organizacionais, o que EXCLUI o terrorismo do pequeno (ínfimo, na verdade) poder, ao mesmo tempo em que INCLUI a colaboração e o consenso como perfil-chave desejado em tod@s os trabalhadores em educação.

Desconsiderar auxiliares servidores e funcionários celetistas com um tratamento diferenciado em relação ao corpo docente é discriminação.

Aliás, é bem mais do que isso:é o fruto colhido à partir da semente separatista proposital lançada no comunicado dúbio da Smed, que permite "interpretações" de acordo com o eventual interesse carreirista de cada direção, que fomenta a divisão entre segmentos de uma mesma classe.

Também é uma irresponsabilidade, conforme já dito no tópico postado: expõe auxiliares estatutários, funcionários celetistas e, mesmo, direções ao vírus do qual protege demais professor@s e alun@s.

A Smed deveria tornar claro o comunicado (difícil ocorrer) nominando quem, efetivamente, só retoma atividades no dia 10, ao invés de, em função da falta de objetividade apresentada na redação do mesmo, deixar a cargo de uma escolha, no mínimo, estranha.

9 comentários:

Alexandre disse...

Uma sugestão

A Smed poderia publicar uma NOTA DE ESCLARECIMENTO sobre o comunicado. Sugiro um modelo que deixe claro os porquês do adiamento e também estabeleça quem comparece e quem não comparece.

Entendo que o período de uma semana, na opinião dos técnicos da saúde, são equivalentes ao período de incubação para quem, em última instância, tenha contaminado-se no último dia de julho. De quem, portanto, no decorrer desta semana já apresentaria sintomas que, no mínimo, trariam o alerta.

Ok. Tem lógica.

Entretanto, professor@s, eventualmente, também viajaram no recesso e estão sujeit@s ao mesmo "período de observação".

Da mesma forma (de acordo com outros posts aqui do blog), os outr@s trabalhadores em educação ou negociaram folgas compensadas ou compensáveis durante o período (e, também eventualmente, podem ter viajado ou frequentado aglomerações) ou trabalharam durante o recesso d@s professor@S, ou seja, expuseram-se a variadas possibilidades de contágio (escola aberta, pro-jovem, utilização de biblioteca, espaço da escola utilizado socialmente, "colôia de férias" da PBH, etc).

Assim, a nota de esclarecimento da
Smed, protegendo, efetivamente, a comunidade escolar na sua totalidade no período de incubação e manifestação do H1N1 (até a volta às aulas) deveria apontar para o fechamento completo das escolas.

Isso seria, REALMENTE, prevenção.

O resto é tentativa de divisão ou, espero, na melhor das hipóteses, desconhecimento das implicações sociais advindas da possibilidade de circulação do H1N1.

Viviane disse...

Na escola em que trablho só professores foram dispensados. A justificativa era que "somente eles trabalham com aglemrações".

Alexandre disse...

Viviane: eu acho que trata-se de um caso a ser levado ao sindicato. @ profissional de educação que pensa assim é um caso lamentavelmente perdido.

E o ser humano que pensa assim é ignorante.

Pamella disse...

Na minha opinião isso é extremamente ridículo. Acredito que nos auxiliares somos colocados a margem de tudo. Somos nós que temos que fazer o mural de boas vindas e a dietora ir lá e colocar seu nome, atender o telefone e muitas outras funções que não nos cabem exercer. Onde está a SMED para pronunciar sobre isso? Nós auxiliares não somos pessoas? Também viajei para lugares do Brasil que o número de mortes está alto por contagio do vírus H1N1. Será que eles pensam que só os PROFESSORES é que viajam? Será que os auxiliares não possuem esse direito? É uma covardia isso é atacar a nossa identidade enquanto parte da escola! Mais uma vez somos o qeu afinal? Liguei para a SMED para tomar maiores esclarecimentos e ninguém sabia falar nada. Por isso temos que exigir uma resposta da SMED. É um absurdo!

Abraços
Pâmela

Leandro disse...

Gostei muito da linha de argumentação que você iniciou Alexandre. Talvez possamos produzir um documento que exponha esses fatos de maneira que a SMED não tenha como não dar uma resposta. Devemos publicizar ao máximo essa sumária exclusão da SMED dos auxiliares estatutárias e celetistas em relação aos demais trabalhadores da educação.

Coletivo Lima Barreto disse...

É interessante, Leandro.

A dubiedade do documento os deixa sem resposta: se respondem de uma forma ao nosso questionamento, deixam lacunas em outra.

Acho que mesmo para ser dúbio é necessária a capacidade de redigir, não deixar margem à respostas e a Smed não soube fazer isto (há quem saiba).

Quanto à publicidade do assunto, de certa forma o Coletivo está fazendo aqui, por email, no Orkut e no Twitter.

Receberam a comunicação diretores da Conlutas, membros dos Coletivos Fortalecer, de Inclusão, de Educação Infantil e Travessia, além do Diário de Classe e Intersindical.

Entretanto cremos que a "oficialidade" da "coisa" caberia ao SindRede/BH, para cujos diretor@s já enviamos email.

Por enquanto, nada. Nem resposta ao email, nem nota no site, nem circular. É um grande gancho. Vamos ver se eles aproveitam.

Alexandre disse...

Dia 12 tem reunião de representantes e eu devo ir no turno da manhã (sou representante da noite) por motivos pessoais.

Vou questionar.

Leandro disse...

Fino!
Se sair pelo menos uma nota no jornal do SindRede, já tá valendo...
Até!

Silene disse...

Fico realmente impressionada como os casos relatados se parecem. E, ao mesmo tempo fico triste por saber que muito pouco se avança em direitos. Ao contrário do que acontece em relação aos deveres...

Onde trabalho a orientação foi a seguinte: biblioteca também fica fechada, uma vez que se lida diretamente com os alunos (inclusive com os da escola INTEIRA), afinal qdo for pagar terão que vir tbém.

A conclusão que tiro dessa situação é a seguinte: realmente temos tratamento direferenciado e penso que devemos lutar para que justamente possamos conseguir em um futuro próximo a equiparação do Calendário Escolar. Aí não ficaremos mais a mercê da "benevolência" de quem está temporáriamente administrando a escola. Acredito que essa deveria ser a nossa briga primordial.