quarta-feira, 1 de julho de 2009

ESTÓICOS
Prefeitura do Rio oficializa exclusão


Servidor@s do município do Rio que só faltarem até cinco dias terão benefícios. Doença ? De jeito nenhum !

Além disso, escolas que aumentarem o Índice de Desenvolvimento da Escola Básica, Ideb, terão profissionais melhor remunerados, ou seja, penaliza-se escolas da periferia e áreas de risco, porque servidor@s da educação vão preferir escolas com alunado mais adiantado. Já a secretária de educação (não é Macaé: é Rio de Janeiro) acha normal que exclusão econômica aconteça.

Leia a matéria completa
de O Dia, clicando

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5 comentários:

Cristina disse...

Que país é esse??? Dá pra responder: é a terra da canalhice, da marginalização, segregação, hipocrisia, violência, descaso! O que há de melhor no ser humano, e talvez ele próprio, está em extinção? Num mundo como esse, fico com muito medo de ser contaminada. Que eu e os companheiros valorosos não nos percamos nesses caminhos obscuros, absurdos e cruéis. Se há algo que desejo nessa vida, acima de qualquer coisa, é viver até morrer com decência e dignidade.Ainda bem que o meu asco com relação a absurdidades está crescendo a cada dia que passa. É uma espécie de alergia que tem me protegido de possíveis substâncias tóxicas.

Alexandre disse...

Oi, Cris. Se na biblioteca da sua escola tiver o livro "De Pernas pro AR - A Escola do Mundo ao Avesso", do Eduardo Galeano, pegue pra ler. Se não tiver, procure ler de qq jeito, vale a pena demais !

TRECHO:

“Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo ao avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm, outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm. O mundo ao avesso nos adestra para ver o próximo como uma ameaça e não como uma promessa, nos reduz à solidão e nos consola com drogas químicas e amigos cibernéticos. Estamos condenados a morrer de fome, morrer de medo ou a morrer de tédio, isso se uma bala perdida não vier abreviar nossa existência.”

OUTRO:

“A publicidade manda consumir e a economia proíbe. As ordens de consumo, iguais para todos, mas impossíveis para a maioria, são convites ao delito.”

SEM QUERER ENCHER, MAIS UM:

“A igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Não há computador capaz de registrar os crimes cotidianos que a indústria da cultura de massas comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade. O tempo vai-se esvaziando de história e o espaço já não reconhece a assombrosa diversidade de suas partes. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo. “A televisão (...) não só ensina a confundir qualidade de vida com quantidade de coisas...”

ACHO QUE VC VAI GOSTAR

Cristina disse...

HUmm!!! Já amei o que li! Vou até postar no meu blog! Palavras maravilhosas!! Estou lendo "Teoria crítica da indústria cultural", de Rodrigo Duarte e é um grande amigo meu(o livro - há livros que são amigos fiéis, vc sabe).O texto, apesar de diferente, esbarra nas ideias transcritas por vc. Vou correndo atrás desse de Galeano. Nas minhas deliciosas visitas a bibliotecas e livrarias, já vi títulos do autor. Alexandre, sou apaixonada por livros! Meu sonho é ser rodeada por eles sempre. O auxiliar de biblioteca tem esse privilégio. Assim que tiver mais tempo, tb vou transcrever aqui uns trechos do teoria crítica.

Bjs!

Alexandre disse...

Ôba ! Mais uma Frankfurteana !

Cristina disse...

PRA QUEM NÃO SABE...

A escola Frankfurtiana
"A escola de Frankfurt é a junção de ideias e ideais de pensadores independentes alemães. Eles se dedicaram a recriar suas ideias de forma que fossem capazes de esclarecer as novas realidades surgidas com o capitalismo no século XX.

Esses filósofos acreditavam na importância dos fenômenos da comunicação como um todo, um sistema interdependente.

Foi criado o conceito de indústria cultural, por Theodor Adorno e Max Horkheimer. Este conceito prega que a produção cultural e intelectual passa a ser tratada como produto já que, para manter o capitalismo, a grande massa é induzida ao consumo desenfreado. O objetivo é manter o sistema econômico e social vigente.

Para conter o povo, a cultura e os processos de formação de consciência são mercantilizados. As rédeas da situação ficam, assim, na mão da ordem social dominante.

Essa cultura de massas se deu pelo avanço tecnológico, além de outros fatores, que possibilitou a produção em série de obras. A cultura agora saíra do pequeno círculo em que ela ficava. Mas, de acordo com Walter Benjamin: "Na medida em que multiplicam a reprodução, substituem a existência única da obra por uma existência serial. E na medida em que essas técnicas permitem à reprodução vir ao encontro do espectador, em todas as situações, elas atualizam o objeto reproduzido".

Ou seja, as obras perdem sua unicidade e passam a ser algo vendável e, ao mesmo tempo, acessível à massa. Com isso, ocorre o processo de mercantilização da arte, da cultura e do conhecimento.

Com a cultura de massa, o objetivo é alienar os homens, tendo em vista que os produtos são feitos com o intuito de entreter e distrair os grupos de consumidores com um baixo nível de formação, ao invés de formar cabeças pensantes.

Princípios de difusão estética e intelectual, antes pertencentes às artes, às pessoas e ao pensamento, passam a ser criados, negociados e consumidos como bens cada vez mais descartáveis. Com isso, prejudica-se as classes menos abastadas, que são bombardeadas com valores de que elas devem consumir mais e mais para serem consideradas alguma coisa na sociedade, para criarem o sentido de pertencimento.

Os meios de comunicação de massas eclipsaram a figura de cidadão pela de consumidor e contribuinte. Pessoas compram pela necessidade de dizerem que têm o poder de escolher o que quiserem para suas vidas. A comunicação vira uma válvula de escape.

A vida é tratada como objeto de consumo. E essa é a crítica dos Frankfurtianos".
Eduardo Caçador Pontes

FONTE:http://faladesign.blogspot.com/2007/12/escola-frankfurtiana.html